sábado, 10 de maio de 2008

Arte no Paleolítico



A Arte Paleolítica

Durante muito tempo duvidou-se que o Homem paleolítico tivesse capacidade intelectual para realizar obras de arte, pelo que a arte paleolítica só passou a ser aceite desde o início do século XX.
Hoje a arte paleolítica adquiriu a sua verdadeira importância, existindo quatro grandes temas:

*animais
*signos

*figuras humanas
*motivos indeterminados


A arte paleolítica agrupa-se em três grandes categorias: móvel, parietal e rupestre.
Na Europa existe um número considerável de locais de grande importância, destacando-se pelo seu impacto as grutas de Lascaux.




Historial da Arte Paleolítica


As primeiras descobertas de ossos gravados de idade paleolítica tiveram lugar a partir de 1835, em França e na Suíça, numa época em que se pensava que a Humanidade não remontava a tempos tão antigos. As peças em questão foram, por isso, atribuídas aos Celtas. Mais tarde, a partir de 1860, multiplicaram-se as escavações de camadas arqueológicas conservadas em abrigos e grutas, sucedendo-se os achados de ossos, seixos e lajes gravados com representações de espécies extintas (como o rinoceronte lanígero e o mamute) encontrados em associação estratigráfica com restos ósseos desses animais e com utensílios de pedra lascada. Na segunda metade do século XIX, a ideia de que os primeiros homens tinham vivido numa época da história da Terra tão antiga que ainda haviam chegado a ser contemporâneos dos grandes mamíferos entretanto extintos era já praticamente consensual nos meios científicos, e saiu reforçada pela demonstração da antiguidade paleolítica destas manifestações artísticas.
Apesar disso, a primeira descoberta de pinturas parietais na gruta espanhola de Altamira, em 1879, não foi aceite pela maioria dos pré-historiadores da época. Explicar o excelente estado de conservação em que as pinturas se encontravam ao fim de tanto tempo e saber até que ponto o Homem paleolítico tinha capacidade intelectual para as realizar foram algumas das questões que então se colocaram. A descoberta, em França, de gravuras e pinturas parietais do mesmo estilo tapadas por sedimentos que continham vestígios arqueológicos paleolíticos permitiu finalmente, na passagem do século, pôr termo à controvérsia, vencendo a resistência dos últimos incréus, o mais conhecido dos quais era o pré-historiador E. Cartailhac. Em 1902, este último publicou um artigo que se tornaria famoso, "Mea culpa de um céptico" , no qual reconhece finalmente a antiguidade paleolítica das pinturas de Altamira.

Arte Móvel


Na "arte móvel" incluem-se, além dos objectos de adorno pessoal, as peças gravadas, pintadas ou esculpidas que, pelas suas pequenas dimensões, podem ser deslocadas ou transportadas. Os respectivos suportes podem corresponder a objectos utilitários, tais como pontas de projéctil feitas de osso ou corno, ou não utilitários, tais como lajes, seixos ou ossos. A determinação da época a que pertencem é facilitada pela sua inclusão em depósitos arqueológicos que podem ser submetidos a processos de datação relativa ou absoluta.


Arte Parietal


A "arte parietal" é a que tem como suporte as paredes de grutas ou abrigos sob rocha e inclui representações de diversos tipos - baixos relevos, gravuras, pinturas. A distribuição das figuras pelas paredes dos sítios decorados é também variada, ocorrendo tanto em locais mais ou menos expostos à luz natural como nas zonas mais interiores de galerias profundas cuja frequentação obrigava à utilização de luz artificial (lamparinas de pedra em que se queimava gordura animal, ou archotes de madeira).


Arte Rupestre


A "arte rupestre" é a que decora as superfícies rochosas situadas ao ar livre, qualquer que seja a respectiva inclinação. No vale do Côa, por exemplo, as rochas gravadas durante o Paleolítico aproveitam superfícies verticais, mas as gravuras da Pré-História recente conhecidas no vale do Tejo foram na sua maioria executadas sobre superfícies rochosas horizontais ou muito pouco inclinadas.

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